Resenha - Luka 2009
Quando o impossível nos parece tão distante, aí sim, é hora de respirar fundo e pensar que nada mais vale a pena do que viver e dentro do “viver” está também o sofrer. A dúvida. O fracasso. E no fundo do poço está a força… a mola propulsora que nos faz voar muito alto. Só quem já esteve nesse abismo, sabe do que estou falando. Mas ainda assim, eu luto, eu tento, arrisco e me consumo inteira por um mundo melhor, por causas nobres, por pessoas que mereçam o meu esforço. Os japoneses dizem que tudo vem pelo esforço. Se você não luta por nada, tem medo de quebrar a cara, de pular o muro, de dar murro em ponta de faca pra mudar algo que parece impossível, então está mesmo na hora de parar pra pensar. Este trabalho me parecia, acima de tudo, inviável, impossível; ele só se tornou possível no momento em que eu acreditei e comecei a me esforçar. “O Próximo Trem” não vem carregado somente de novas sonoridades, mas está nele também toda a minha energia, a energia da minha equipe que trabalhou ativamente pra que cada detalhe ficasse impresso feito tatuagem. Neste trabalho, a minha resposta aos que ainda crêem que não há nada mais em mim além de uma canção. Aquela canção é minha sim, mas eu não sou a canção: Eu sou a “fonte”. Eu sou melodia, eu sou o meu esforço diário proposto a evoluir; eu tenho medo do escuro sim, mas, nem por isso, deixo de apagar a luz e encarar meus monstros de frente. Este trabalho é o meu total descompromisso com o lixo musical exigido pelo mercado, pra mim, ele está acima de qualquer crítica, por que ele é o meu ponto de vista e cada um tem o seu. Definitivamente, este trabalho, se é que tem que provar algo, prova que a fonte não secou. Está cada vez mais farta e refinada.
Grata pela espera dos fãs,
LUKA.